Prédio novo precisa de atenção

Geralmente, antes de entregar as chaves, a construtora promove a assembleia de instalação do condomínio e, nela, já indica uma administradora.

Segundo o vice-presidente de administração imobiliária e condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Hubert Gebara, todos os compradores do imóvel, mesmo os que não receberam as chaves, são convocados a participar da assembleia.

“Nesta reunião, são escolhidos o síndico, o subsíndico, o conselho e a administradora. E só. Outros assuntos, como sorteio de vaga de garagem, ficam para outra ocasião”, diz Hubert.

Ele alerta que é obrigação da incorporadora entregar o condomínio com a certidão de Habite-se regularizada e só após vistoria dos bombeiros.

Há casos em que os condôminos trocam de administradora por achar que ela tem ligações com o construtor. “Nosso cliente não é a construtora, são os moradores. Há síndicos que escolhem a empresa de um parente”, diz Hubert, que também é fundador do Grupo Hubert.

O diretor-superintendente comercial do grupo Itambé, Alexandre Ximenes, afirma que a primeira reunião não deve terminar sem um síndico eleito e que os moradores podem escolher um primeiro mandato curto. “Como ninguém se conhece bem, os moradores podem escolher por um mandato de seis meses para síndico e fazer um contrato menor com a administradora. Depois, podem trocar. Mas o prédio precisa ter uma pessoa que responda legalmente por ele”, afirma.

Às vezes, prédios novos têm problemas como rachaduras e infiltrações. Se for comprovado que o defeito não foi provocado pelo uso incorreto, é dever da construtora efetuar o reparo. A garantia é de cinco anos.

‘A transição foi tranquila’

Síndico de um prédio com apenas 12 apartamentos no Morumbi, o gerente de vendas Alfredo Antonio Di Lello foi o segundo comandante do condomínio em que vive. Ele diz que a transição da construtora para os moradores foi “tranquila”, mas recorda que o prédio precisou de reparos depois que as chaves foram entregues.

“Nós tivemos alguns problemas com rachaduras no prédio, e a construtora arrumou sem o menor problema e sem custo para o condomínio”, afirma.

Na primeira reunião do condomínio, apenas quatro dos 12 apartamentos estava representados. Mesmo assim, o primeiro síndico — que pouco depois deixou o cargo — foi eleito e a administradora, escolhida. “Depois de alguns anos, trocamos de administradora porque ela fez cálculos errados ao pagar as horas extras. Mas quando assumimos o prédio não tivemos contratempos”, afirma.